António Variações deixou-nos em 1984, com apenas 39 anos e dois discos editados.
Por tudo o que fez, em tão pouco tempo e pela forma como o fez, considero-o um Adiantado Mental, muito à frente para o seu tempo. A sua existência fugaz despertou ódios e paixões mas nunca indiferença.
Para uns morre de "doença desconhecida" e para outros continua vivo, eterno e singular.
Sempre Ausente
Diz-me que solidão é essa
Que te põe a falar sozinho
Diz-me que conversa
Estás a ter contigo
Diz-me que desprezo é esse
Que não olhas para quem quer que seja
Ou pensas que não existe
Ninguém que te veja
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos
Uhhhhh...
Uhhhhh...
Lá vai o maluco
Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente
Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
Diz-me que loucura é essa
Que te veste de fantasia
Diz-me que te liberta
De vida vazia
Diz-me que distância é essa
Que levas no teu olhar
Que ânsia e que pressa
Que queres alcançar
Que viagem é essa
Que te diriges em todos os sentidos
Andas em busca dos sonhos perdidos
Uhhhhh...
Uhhhhh...
Lá vai o maluco
Lá vai o demente
Lá vai ele a passar
Assim te chama toda essa gente
Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
Mas eu estou sempre ausente e não conseguem alcançar
Não conseguem alcançar...
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